Descubra neste artigo como a Geração Z enxerga as marcas, o marketing, fidelidade do cliente e como lida com a procura por emprego, motivação e aposentadoria.
Por Daniela Cabral
À medida que os membros mais velhos da Geração Z entram rapidamente na casa dos 20 anos, esta parcela da sociedade está exercendo uma influência gigantesca na economia, investimentos e finanças. Na verdade, a Geração Z, é agora, o impulsionador de tendências de consumo mais importante para todos os negócios.
Do ponto de vista do momento da vida, os membros mais antigos da Geração Z estavam entrando no mercado de trabalho como iniciantes na carreira e jovens profissionais quando a pandemia começou.
As convulsões econômicas e da força de trabalho associadas à pandemia impactaram instantaneamente as perspectivas da geração e os ganhos de curto prazo. A pandemia também afetou sua capacidade de economizar dinheiro, progredir em direção à independência financeira, gastar com educação e influenciar onde morar (mãe, estou de volta!) e muito mais.
Atingindo a maioridade enquanto a pandemia de Covid-19 gerava medo, incerteza, vulnerabilidade e confusão, a Geração Z enfrentou transtornos de proporções enormes na escola, no trabalho, nas viagens, na política, na família e em vários outros aspectos. Por mais que ainda não tenhamos como saber quais serão as implicações de longo prazo dessa pandemia, já está claro que este é o momento definidor desta geração até agora.
Quem é a Geração Z
Eles não tem pressa para tirar a carteira de motorista. Não vão ao shopping para fazer compras. Não se hospedam em hotéis e não carregam dinheiro físico. Para eles ver outras pessoas jogarem videogame é tão, ou mais, interessante que jogar. Preferem a experiência à posse. Não se preocupam em ter uma casa própria e sabem que é muito melhor investir o dinheiro de um longo financiamento imobiliário e morar pra sempre de aluguel.
Os pesquisadores e consultores geracionais Jason Dorsey e Denise Villa rodaram quatro continentes para entrevistar centenas de integrantes da Geração Z, acompanhando-os enquanto compravam, assistiam a seus youtubers favoritos e faziam o que mais gostavam. Trago um pouco destes resultados neste artigo. Os pesquisadores levantaram que com uma dependência sem precedentes da tecnologia e desde muito jovens, 31% da Geração Z dizem se sentir desconfortáveis em ficar longe do celular por 30 minutos ou menos. E 14% dizem que não podem ficar longe do celular nunca. Indo mais fundo, 26% dos meninos e 33% das meninas passam dez horas ou mais por dia no celular e 65% usam após a meia noite.
Como a Geração Z decide sobre o quê, e, de quem, comprar
A Geração Z pensa mais do que os tradicionais Quatro Ps de marketing (produto, preço, praça e promoção) quando toma uma decisão de compra. Eles consideram a reputação, especificamente a reputação do empregador.
Sessenta por cento da Geração Z disse que a reputação de uma empresa como empregadora influencia sua decisão de comprar (ou não comprar) um produto ou serviço!
Ou seja, a maneira como você trabalha sua marca empregadora é fundamental não apenas para atrair talentos, mas também para vender seus produtos e serviços. Esse desenvolvimento aumenta as apostas para os empregadores demonstrarem que tratam bem os funcionários.
A Geração Z é um movimento. Eles usam a voz, exercitam a capacidade de falar sobre o que está errado, sobre o que gostam, e sobre suas opiniões. É preciso estar atento para discernir essa geração que fala sobre deixar de ir ao shopping para comprar roupas de segunda mão em aplicativos de compra e venda. É preciso observar que eles passam horas imersos assistindo seus jogadores favoritos de e-sports no Youtube e no Twitch. Jogam Fortnite por horas e têm uma conta pública no Instagram e outra conta Finsta, usada apenas para amigos mais próximos.
A Jornada do Cliente – Geração Z
1. Posicionamento:
Toda marca precisa saber quem é antes de convencer os outros a se alinharem a ela. Isto é ainda mais importante do que nunca ao se conectar com a Geração Z. Antes de levar seu produto em consideração, eles querem saber o que você representa. Qual é a sua história? Qual é o seu propósito? Que problema você está tentando resolver?
A Geração Z entende que nem toda empresa é projetada para servir a um propósito beneficente explícito. E eles não vão esperar que todas as marcas doem 50% dos lucros. Mas querem saber que você defende alguma causa e que seu líderes se preocupam com algo mais do que resultados financeiros.
2. Engajamento e Conscientização
A Geração Z tem pouco interesse em estratégias clássicas de marketing. Outdoors ou anúncios de TV não geram identificação com eles. Eles são mais influenciados pelas recomendações de cujas opiniões eles confiam, embora nunca tenham se encontrado. Essa geração se preocupa com o valor
3. A primeira compra
A experiência inicial de compra da Geração Z precisa ser fácil e de baixo risco. Simplifique a compra e a devolução de qualquer coisa. Os pagamentos em um clique são a regra para a Geração Z. Quanto menos etapas forem necessárias para que realizem a compra e paguem por elas, maior será a probabilidade de que façam a tão importante primeira compra.
4. As avaliações
As avaliações e resenhas levam a Geração Z ao limite quando se trata de adquirir um produto ou serviço, seja pela internet ou por uma loja física. Isso vale não apenas para itens mais caros, como roupas, carros, tecnologia, mas também para decisões diárias de baixo custo, como escolher um restaurante, passando por qual filme assistir no Streaming.
Pesquisa de Empregos – Geração Z
Tudo que dissemos sobre o que os consumidores da Geração Z procuram em uma marca se aplica ao que eles procuram em um empregador. E eles irão pesquisar tanto no Youtube quanto nas redes sociais por pistas de que você tem o que eles desejam em um emprego e em suas carreiras.
O que a Geração Z quer em um emprego:
- Quer trabalhar para uma empresa que representa algo maior do que eu produto ou serviço. Ela quer saber se seu trabalho está contribuindo para algo maior do que a tarefa que tem em mãos.
- Quer ter a certeza de que não será a engrenagem de uma máquina. Seus membros procuram empresas e gestores que se preocupem com eles enquanto indivíduos.
- Valoriza e exige diversidade e inclusão, da linha de frente aos cargos mais importantes.
- Deseja um local de trabalho divertido e horários flexíveis. A pesquisa de Dorsey e Villa mostra que um horário flexível é ainda mais importante para a eles do que uma remuneração competitiva.